História

História de Minas Gerais

Por Natália Petrin


Localizado no Brasil, o Estado de Minas Gerais é o quarto maior do país, contando com uma área total de 586.634 km². A localidade possui mais da metade dos territórios pertencentes ao estado com altitudes superiores aos 600 m. Com serras por todos os lados, além das reservas minerais de ferro, ouro, alumínio, zinco, quartzo, entre outras coisas, a região também tem como prática econômica a agropecuária, principalmente com a produção de leite e derivados. Famoso por sua culinária, Minas Gerais conquistou o Brasil passando a ser também um ponto turístico.

História de Minas Gerais

História

Minas, no ano de 1835, foi escolhida para ser residência do dinamarquês Peter Wilhelm Lund, médico, botânico e zoólogo. Este fez importantes descobertas na Freguesia de Nossa Senhora da Saúde da Lagoa Santa, envolvendo informações sobre os primeiros moradores da região.

Com suas descobertas, a história desse estado pode começar a ser contada. Com idas e vindas das grutas e cavernas, Lund descobriu indícios da presença de seres humanos há muitos e muitos anos, sendo que no sítio arqueológico de Lagoa Santa encontram-se as segundas datações arqueológicas do país.

Lund ficou ainda conhecido como o pai da arqueologia brasileira, justamente pelos seus estudos da mastofauna pleistocência do estado e pelo estudo e descobrimento do “Homem da Lagoa Santa”. Além disso, o arqueólogo ainda identificou aproximadamente 150 espécies de mamíferos fósseis.

Até o século XVI, a região foi habitada por indígenas como os xacriabás, maxacalis, crenaques, aranãs, mocurins, atu-auá-araxás, puris, entre outros. Os europeus chegaram nesta região no século XVI a partir da Bahia e de São Paulo, e buscavam pedras preciosas, ouro e índios escravos.

A corrida do ouro e a ausência do estado

João Lopes de Lima descobriu, depois de 1698, ouro na região do Ribeirão do Carmo. A partir de então começaram a descobrir rios e trechos onde o ouro poderia ser extraído. Esse período ficou conhecido como Corrida do Ouro, pois quando uma pepita era encontrada, todos corriam para possuí-la.

Portugal então inquietou-se com as minas e Dom Pedro II passou a proibir o contato e comércio entre Artur de Sá e Menezes – minas de São Paulo – e a Capitania da Bahia. Era proibida a entrada de pessoas na região de Minas, mas apesar da necessidade de punir e prender os infratores, Minas não possuía estrutura judiciária. No ano de 1714, foram criadas as comarcas que formavam uma estrutura administrativa conveniente: a comarca de ouro preto, localizada em Vila Rica; a comarca do Rio das Mortes, na Vila de São João del-Rei; e a comarca do Rio das Velhas, na Vila de Sabará.

A capitania de Minas Gerais e a Inconfidência Mineira

Minas foi, no ano de 1720, dividida em Capitania de São Paulo e Capitania de Minas Gerais, tornando-se esta região o centro econômico da colônia. Com isso, houve grande e rápido povoamento, mas a produção aurífera começou a cair somente 30 anos depois. No ano de 1750, então, Portugal começou a aumentar arrecadação dos impostos, e isso fez com que a população se revoltasse, surgindo então a Inconfidência Mineira.

Com a decadência do ouro, as vilas mineradoras foram se esvaziando, e as famílias e escravos foram levadas para outras regiões, passando assim a expandir as fronteiras da capitania. Houve uma estagnação econômica que durou o surgimento da atividade do café.

A cafeicultura e a industrialização

A cafeicultura então se difundiu, sendo esta a principal atividade econômica da região durante o Brasil Império. Esse fato foi o que deu origem ao primeiro surto de industrialização.

Com empresas de pequeno e médio porte a indústria passou a se desenvolver em ramos alimentícios, têxteis e siderúrgicos, além de outros no setor agrícola, mas em menores escalas. Entre os anos de 1930 e 1950, começou-se a aproveitar os recursos minerais da região ampliando significativamente a participação do estado na economia brasileira.

Na década de 1960 começaram a surgir investimentos na região e nos anos 1970 houve uma grande arrancada industrial. Entre 1975 e 1996 houve um grande crescimento de 93% no PIB mineiro, sendo que o Brasil registrava no mesmo período o crescimento de 65%.

Mariana: berço da civilização Mineira

marianaMariana, chamada de “berço da civilização mineira”, foi a 1ª capital, a 1º vila, a 1ª sede de bispado  e a 1ª cidade de Minas Gerais. Hoje, é guardiã de uma importante parte do patrimônio cultural e histórico de Minas Gerais. Nada melhor do que andar por suas ruas para descobrir o discreto charme desta cidade setecentista através de seus casarões, cada um mais bonito que o outro.

A casa do Barão do Pontal, por exemplo, encanta a todo visitante com suas belas sacadas em pedra sabão. A Catedral da Sé e a Igreja de São Francisco de Assis guardam primorosos trabalhos da arte colonial mineira.

Como um local que ainda mantém grande tradição religiosa, algumas manifestações são marcantes e de suma importância para a comunidade: procissões, novenas, festas dos padroeiros, Semana Santa, Festa do Divino, Corpus Christi e Adoração do Santíssimo. Entre outras manifestações culturais típicas, Mariana mantém o Zé-Pereira da chácara e o Boi-da-manta, Congado, Malhação de Judas, Pastorinhas e Folia de Reis.

Os produtos caseiros são reconhecidos pela qualidade e podem ser encontrados nos diversos distritos e povoados, como doces, queijos, açucares, milho, quitandas e artesanato. Os destaques na produção variam conforme o lugar: Monsenhor Horta: cachaça. Camargos: sabão de coadra, doces, licores e artesantos. Furquim: goiabada, cachaça e artesanato em madeira, como gamelas, colheres de pau e pilões. Águas Claras: queijo e cachaça. Cachoeira do Brumado: arte, artesanato e cachaça. Bandeirantes: mel, leite e artesanato. Padre Viegas: tapetes de pita, bordados, crochês, taquara, esculturas em cedro e pinho. (Secretaria Municipal de Mariana) Enfim, se o roteiro é cultural, Mariana é ótima referência.

Texto: Governo de Minas Gerais

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário